O QUE SÃO OS CRÉDITOS DE CARBONO?

Um crédito de carbono é a representação de uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida para a atmosfera, contribuindo para a diminuição do efeito estufa. Existem diversas
maneiras de gerar créditos de carbono, dentre elas, a substituição de combustíveis em fábricas, onde elas deixam de usar biomassas não renováveis, como lenha de desmatamento, e passam a
usar biomassas renováveis, que além de emitirem menos gases geradores de efeito estufa, contribuem para a diminuição do desmatamento.

Assim, a partir da diferença dos dois cenários, é calculado quanto de carbono deixou de ser emitido com essa substituição, gerando assim os créditos. O crédito de carbono é a moeda utilizada no mercado de carbono. Nesse mercado, empresas que possuem um nível de emissão muito alto e poucas opções para a redução podem comprar créditos de carbono para compensar suas emissões, assim, elas indiretamente ajudam a manutenção de projetos de redução e, além de equilibrar o nível de emissões de gases na atmosfera, contribuem para o desenvolvimento sustentável de comunidades pobres. A CBIO CARBON aponta que a biomassa de cana representa 39,5% de toda a energia renovável utilizada no Brasil.

Isoladamente, a cana-de-açúcar já posiciona o nosso país como referência global em energias limpas, contribuindo para uma participação acima da média mundial, de 13,8% de renováveis na matriz, e dos países desenvolvidos, membros da Organização para a Cooperação Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 11%.  Em 2020, 48,4% da energia consumida no território nacional teve como origem fontes renováveis.

A cana-de-açúcar é uma das culturas agrícolas mais antigas do Brasil e permanece altamente estratégica por sua capacidade de diversificação e de aproveitamento de resíduos. Produzimos açúcar, etanol, bioeletricidade, biogás e, em breve, hidrogênio verde, com um grande potencial inexplorado, capaz de garantir que o desenvolvimento socioeconômico brasileiro seja apoiado em fontes energéticas de baixo carbono. As lavouras de cana-de-açúcar ocupam apenas 1,2% do território nacional e são localizadas a mais de 2 mil quilômetros da Amazônia.

De acordo com o balanço, o etanol (hidratado e anidro) encerrou 2020 com queda de 12,3% na demanda, em comparação com 2019, devido às medidas de restrição de circulação, por conta
da pandemia da Covid-19. A participação do biocombustível no consumo da frota de veículos leves foi de 43%. Quando avaliado o ciclo de vida completo do combustível, o etanol proporciona uma redução de até 90% na emissão de gases causadores do efeito estufa em relação à gasolina, além de praticamente zerar a emissão de poluentes altamente nocivos, como o material particulado fino. A preocupação com a sustentabilidade e a preservação ambiental já ganhou espaço entre os investimentos.

Com isso surgiu o CBIO, que se trata de um crédito relacionado com as emissões de carbono e as práticas antipoluição das empresas. As altas emissões de carbono (CO2) e os seus impactos na natureza são um dos pontos de atenção quando se fala de preservação. Com isso, foram criadas medidas para incentivar a adoção de práticas que combatam o problema.
O CBIO, também conhecido como crédito de descarbonização ou crédito de carbono, é um ativo emitido pelo RenovaBio.