Com a pandemia da Covid-19, estendido pela primeira vez para uma quarentena numa cidade igual a São Paulo, que teve início em março de 2020, com o lock down como forma de contenção ao novo coronavírus, inusitadamente os índices de poluição atmosférica na cidade de São Paulo foram reduzidos cerca de 50% em apenas uma semana.
Esse fato inusitado nunca havia ocorrido antes, com menos ruído, ouvindo mais os passarinhos e principalmente com menos poluição.
O céu ficou mais limpo e pôde ser notado em São Paulo já no início da quarentena, que pela primeira vez teve a redução na circulação de veículos, a principal fonte de emissão de poluentes na cidade. Como uma grande parte deles deixou de circular, ficou clara a diminuição de poluentes primários como o monóxido de carbono (CO, emitido principalmente pelos carros) e os óxidos de nitrogênio (NOX, emitidos sobretudo por veículos a diesel), que foi confirmado nos dados atmosféricos.
Precisou que houvesse uma pandemia e um lock down para reconhecermos que este fato histórico foi legitimado como uma forma concreta da importância da redução da emissão de CO2 na atmosfera, mostrando os benefícios que isso trouxe para a cidade e seus habitantes num curto espaço de tempo.
Gostaríamos de salientar que um carro popular emite mais de uma tonelada de carbono na atmosfera a cada ano, e se for a diesel, as emissões podem passar de 2 toneladas, mais do que o peso do próprio carro.
Imagine uma cidade como São Paulo que possui 8 milhões de veículos entre carros, motos e ônibus movidos à energia fóssil, quantas toneladas de CO2 estão sendo emitidas na atmosfera neste momento em que você está lendo este texto.
Um carro movido a gasolina emite na atmosfera da cidade entre 10 kg a 25 kg de carbono a cada 100 km rodados.
Claro que as emissões dependem da potência do motor, da forma de dirigir, das condições da pista e da regulagem do motor do veículo. Porém, considerando uma pessoa que circule com seu carro todos os dias do ano e que percorra cerca de 20 km por dia, ao final de um ano ela terá emitido cerca de 1.260 kg de carbono na atmosfera, isto significa mais de uma tonelada, mais ou menos, o peso de um carro médio. E se o motor for a diesel, o total de emissões poderá passar de três toneladas por ano.
As emissões não são exatamente de carbono, mas de gases de efeito estufa (GEE), que são medidas em carbono equivalente. Na verdade, é um coquetel de substâncias, incluindo metano, óxidos nitrosos e dióxido de carbono.
Além desses gases que afetam o clima global, os veículos, especialmente aqueles movidos a diesel, emitem também o material particulado, um pó muito fino, que passa pelos filtros de nosso organismo e provoca uma série de doenças respiratórias, além de tumores.
A CBIO CARBON apresenta o programa RenovaBio, que é a Política Nacional de Biocombustíveis, que tem os seguintes objetivos:
1) Reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa na produção, comercialização e uso de biocombustíveis;
2) Através dos CBIOs (Créditos de Descarbonização), estimular a expansão dos biocombustíveis na matriz energética, a regularidade do abastecimento de combustíveis e assegurar previsibilidade para o mercado de combustíveis;
3) Contribuir para o cumprimento dos Compromissos Nacionalmente Determinados pelo Brasil no âmbito do Acordo de Paris.
Pelos fatos aqui apresentados, aconselhamos que você use menos o seu carro, pise leve e procure usar combustíveis menos poluentes, como é o caso do etanol.
E sempre que possível caminhe, pedale, prestigie o transporte público para o seu próprio bem e o bem de todo o planeta.