A larga emissão de dióxido de carbono (CO2) ainda é um problema. Dados apontam que o mundo emitiu mais de 35 bilhões desse gás só em 2019.
Desde, aproximadamente 11.300 anos, nossa atmosfera apresenta uma composição química que permitiu e permite não só o surgimento da vida, como também a evolução dos seres vivos até os fenótipos que vemos hoje em dia.
A CBIO CARBON vê uma perturbação nas configurações de alguns constituintes da química na atmosfera padrão que está resultando em mudanças no clima do planeta.
Dentre esses constituintes, o Dióxido de Carbono (CO2) e o Metano (CH4), são conhecidos como Gases de Efeito Estufa (GEE), junto com outros compostos que interagem com a radiação solar e terrestre alterando o balanço radiativo do nosso planeta.
A CBIO CARBON traz neste texto uma reflexão sobre a emissão de CO2 e CH4, focado na cidade de São Paulo para entendermos os perfis de emissões destes poluentes e quais os impactos na nossa cidade para o clima do planeta.
São Paulo, como outras capitais no Brasil, possui um inventário de emissão de GEE, sendo importante ressaltar que a nossa cidade é a quinta maior megacidade do mundo, mas há uma carência em medidas de GEE em áreas urbanas em todo o mundo. Sendo assim, esta reflexão visa descrever a variabilidade temporal e espacial do dióxido de carbono na cidade de São Paulo. O preço ambiental que São Paulo paga por sua frota de mais de 8 milhões de veículos particulares não pesa apenas no bolso e nos pulmões dos paulistanos. Acima da camada negra de poluição urbana do ar, os escapamentos também contribuem para entupir a atmosfera do planeta
com dióxido de carbono (CO2), principal gás envolvido no aquecimento global.
A cidade emite cerca de 16 milhões de toneladas de CO2 por ano, das quais quase 50% são provenientes apenas da queima de gasolina e óleo diesel no transporte.
Com 12 milhões de habitantes, São Paulo segue o padrão dos países industrializados, com a maior parte de suas emissões centrada no setor energético (76%), que inclui a queima de combustíveis fósseis (gasolina, gás e óleo diesel).
A ACBIO CARBON observou que, em muitas megacidades e grandes centros urbanos ao redor do mundo, as emissões do setor de transporte são uma importante fonte de poluição do ar, sem nenhuma contrapartida para a população.
As contribuições das emissões de fontes móveis podem variar muito entre as megacidades, dependendo das características técnicas da frota veicular, da qualidade dos combustíveis consumidos, do nível de desenvolvimento local e da intensidade das atividades econômicas e do volume de viagens veiculares.
A cidade de São Paulo, na gestão do prefeito Bruno Covas, criou um plano de “Ação Climática do Município de São Paulo 2020-2050”
Este Plano de Ação Climática do Município de São Paulo objetivou orientar a ação do governo municipal para incluir a variável climática em seu processo decisório.
Neste plano, a administração da cidade de São Paulo se propôs, até 2050, ser uma cidade menos desigual e mais preparada para responder aos impactos da mudança do clima, buscando ser neutra em carbono e promovendo o acesso aos serviços públicos com qualidade, proporcionando bem-estar e desenvolvimento econômico inclusivo e sustentável para todos.
Na nossa opinião, para a efetivação dessa visão de cidade, a administração se baseou em dois objetivos gerais:
1. Empreender a ação política necessária para a redução até 2030 de 50% das emissões de gases de efeito estufa do Município de São Paulo, em comparação aos níveis de 2017.
A dministração do município criou algumas metas:
Meta incondicional: Até 2030, o Município de São Paulo deverá reduzir em 20% suas emissões de gases de efeito estufa em relação ao ano base de 2017.
Meta condicionada: Até 2030, o Município de São Paulo se propôs a reduzir em 50% suas emissões de gases de efeito estufa em relação ao ano base de 2017, caso ações que impliquem descarbonização e que não estão no controle do Município de São Paulo sejam realizadas.
Meta condicionada: Até 2050, o Município de São Paulo se propôs a reduzir a zero suas emissões líquidas de gases de efeito estufa, caso ações que impliquem descarbonização e que não estão no controle do Município de São Paulo sejam realizadas.
2. Implementar as medidas necessárias para fortalecer a resiliência do Município, reduzindo as vulnerabilidades sociais, econômicas e ambientais da população paulistana e aumentando sua capacidade de adaptação.
Para a realização da Visão e objetivos gerais, a administração da prefeitura diz estar estruturada em cinco estratégias. Cada uma dela traz objetivos específicos de mitigação e adaptação que são refletidos nas 44 ações apresentadas. As ações, por sua vez, respondem a metas específicas e a marcos de execução.
= Rumo ao carbono zero em 2050
= Adaptar a cidade de hoje para o amanhã
= Proteger pessoas e bens
= Mata Atlântica, precisamos de você!
= Gerar trabalho e riqueza sustentáveis
Escolheu, ao lado de mais de 100 cidades no mundo todo e de outras três cidades brasileiras, apoiar o cumprimento do Acordo de Paris, para que o aumento da temperatura global até 2100 limite-se, preferencialmente, a ficar abaixo de 1,5 °C.
Escolheu liderar a transição para uma economia de baixo carbono e implementar desde agora as ações de enfrentamento aos impactos da mudança do clima de maneira a reduzir as desigualdades sociais e garantir o desenvolvimento sustentável para as gerações futuras.
Escolheu não deixar ninguém para trás!
Como é que o prefeito Ricardo Nunes (dando continuidade a administração do falecido Bruno Covas) tem condições de cumprir estas metas se empresas multinacionais, como é o caso da UBER, faz a seguinte promessa: “Somos a maior plataforma de mobilidade do mundo e sabemos que nosso impacto vai além da tecnologia. Queremos fazer a nossa parte para apoiar a reconstrução e a recuperação ecológica das cidades e regiões em que operamos.” Palavras do “Dara Khosrowshahi”, CEO da Uber.
Observando suas palavras, enxergamos uma grande omissão e contradição desta empresa, na fala do CEO apresentada aqui.
Observadas a falta de contrapartida desta empresa para a cidade de São Paulo, como por exemplo, em sua plataforma, ele cita que:
“Milhões de viagens por dia, zero emissões de carbono”.
Esse é o nosso compromisso com todas as pessoas de São Paulo. O caminho para chegar lá passa por veículos elétricos, viagens compartilhadas, ônibus, trens, bicicletas e patinetes. Mudanças drásticas como essas não são fáceis nem rápidas. Por isso, queremos compartilhar o nosso plano com você.
“2020”: Anúncio do compromisso global de se tornar uma plataforma de viagens por aplicativo sem emissões de carbono
(METAS NÃO ATINGIDAS)
“Parcerias no combate às mudanças climáticas”
A Uber coloca a sua tecnologia, inovação e o seu talento a serviço do combate às mudanças climáticas. Fizemos parcerias com ONGs, grupos ativistas e organizações de justiça ambiental para agilizar a transição para o uso de energias limpas e justas. Também trabalhamos com especialistas, fabricantes de veículos, provedores de redes de recarga, locadoras de veículos elétricos e empresas de serviços públicos para que os motoristas parceiros tenham acesso aos veículos ecológicos e a infraestrutura de carregamento.
(SE DIRIGEM ÀS PERSPECTIVAS RELACIONADAS AO FUTURO, MAS NÃO ASSUMEM RESPONSABILIDADES COM O PRESENTE).
Tomamos como exemplo esta plataforma que possui, só na cidade de São Paulo, 563.000 motoristas de aplicativos ativos e, supondo que cada motorista percorra em média, 300 km/dia.
Se um motorista que percorre 100 km/dia, emite na atmosfera 25 kg de CO2, e se cada motorista do aplicativo percorre 300 km/dia, ele emite 75 kg de CO2 na atmosfera por dia.
Fazendo uma projeção dos 563.000 veículos cadastrados ativos, juntos, eles percorrem, em média, 168.900.000 km/dia, emitindo cerca de 42.225 toneladas de CO2 na atmosfera por dia, sem que seja feita nenhuma compensação.
Eles ganham dinheiro sem se preocupar com os malefícios que oferecem à população.